No dia 24 de outubro realizamos no EcoSys, um ecossistema de inovação e tecnologia, a terceira edição do evento de marketing digital Show Me The Data. Este, que já é sucesso em São Paulo, agora foi para Porto Alegre.
Desta vez, o evento reuniu grandes nomes do marketing digital para mostrar como se adaptar ao modelo de decisão baseada em dados, a famosa cultura data-driven.
A questão da vez foi: como gerar insights a partir dos dados?
Nós temos dados sendo gerados o tempo todo, de forma cada vez mais rápida. Para você ter ideia, cerca de 90% dos dados que temos hoje no mundo foram gerados nos últimos 2 anos.
Mas, como usar esses dados de forma inteligente e organizada, guiando o seu negócio em vez de se perder num mar de números?
Potencial esses dados têm. Até porque vimos que 97% dos líderes de marketing dizem ter obtido algum benefício ao implementar Dashboards para a visualização de métricas de Marketing Digital.
Então, neste evento discutimos justamente o uso desses dados e a nova cultura orientada a dados que está revolucionando o marketing digital.
Criatividados: o uso inteligente dos dados nas estratégias de comunicação
Apresentado pelo Eduardo Prange, CEO – Zeeng Data Driven Platform, falamos sobre as novas formas de utilizar os dados deixados pelos usuários na internet como base para campanhas de marketing e estratégias de comunicação.
Até porque os usuários deixam diversas “dicas” nas redes sociais. Eles falam das marcas, com as marcas e para as marcas. E cabe a nós usar desses dados de forma criativa para melhorar a experiência do usuário e melhorar nossa relevância com o público certo.
Para fazer isso, no evento mostramos muitas plataformas de marketing digital que coletam dados para obter informações relevantes. Mas, do que adianta ter muitas respostas se não sabe o que está procurando?
O importante não é a ferramenta e sim saber usá-la com inteligência.
Como a Cultura Data Driven torna os negócios mais eficazes?
Renato Rabelo, Co-Founder / Platform Director na Keep.i Media, mostrou que o principal obstáculo para a sua empresa aderir a cultura Data Driven é justamente a falta de acessibilidade e democracia dos dados.
O marketing digital de 2004 até 2019 evoluiu muito, e, querendo ou não, esta mudança foi muito rápida, o que torna difícil para nós nos adaptarmos.
A análise de dados, que antes era exclusiva para a comunidade científica, acabou se tornando obrigatória no mundo dos negócios e no marketing digital por auxiliar na capacidade de segmentação e rastreamento das ações realizadas.
E a cultura Data Driven vêm para oferecer a estrutura que esse mercado precisa.
Trata-se de tomar as melhores decisões para o seu negócio com base no que seus clientes e no que o mercado te diz. É analisar tendências e informações e transformá-las em ideias e planos de ação. É aprender a, a partir de números, gerar insights e resultados.
E funciona basicamente assim: temos uma hipótese, a partir dela desenvolvemos testes e coletamos dados. Mas não adianta nada esse monte de dado se não os analisarmos e tirarmos conclusões deles e, por fim, tomarmos alguma atitude. E esse processo é um ciclo infinito e deve ser constante considerado dentro das empresas.
Mídia Conectada
Domingos Secco Jr, Fundador e CEO da Alright AdTech, discursou a respeito do novo contexto da mídia, que antes era feita principalmente em TV, rádio e jornal, sobre como, com o celular, nos tornamos menos estáticos e quais seriam os impactos disso para o consumidor e para nós, profissionais do marketing digital.
Agora, com o excesso dos dados, o Dashboard se torna “o novo cartório”, ou seja, se estiver em uma planilha não pode ser questionado ou contestado. Isso é muito bom para reduzir os achismos e criar campanhas mais certeiras, mas também nos faz acreditar em métricas que podem ser enviesadas ou até falsas. Ou pior, podemos acabar tomando decisões que não sejam favoráveis ao negócio, ao implementar erroneamente a cultura Data Driven nos tornando reféns por exemplo de KPIs que não tem relação com os objetivos do negócio.
A discussão de Domingos levantou também a importância de fazermos algo além de trabalhos extremamente automáticos ou manuais e focarmos nos resultados e planejamento de estratégias para alcançá-los.