Já imaginou um físico teórico em campo? Bem, não exatamente durante o jogo, mas como um integrante essencial para que um time de futebol possa alcançar o título da Champions League. Esta é a história do Liverpool que, em 2019, conquistou a taça do maior campeonato europeu por 2 x 0 contra o Tottenham. O segredo? O uso de tecnologia de dados e análises acuradas aplicados por Ian Graham (o tal físico teórico) para orientar o técnico Jürgen Klopp em suas decisões e estratégias.

A relação entre dados e esporte não é exatamente uma novidade – basta lembrar do filme  Moneyball – O homem que mudou o jogo, que narra a história real de Billy Beane e sua iniciativa de usar estatísticas para driblar a falta de dinheiro e ainda assim garantir a vitória do time de  beisebol Oakland Athletics. No entanto, com o avanço da transformação digital e a ampliação do acesso às tecnologias e aos conhecimentos, esse casamento tem sido cada vez mais visto para elevar a performance e conduzir equipes aos melhores resultados. 

Vamos aproveitar o clima de Copa do Mundo 2022 para entender, então, como os dados podem tornar as jogadas mais inteligentes e fazer toda a diferença no placar de uma disputa – e como essa abordagem está próxima à sua realidade no marketing digital? Siga com a gente.

Um outro ‘cruzamento’ de dados 

Retornando ao case de sucesso do Liverpool encabeçado por Graham e Klopp, temos dois exemplos de como a análise de dados interferiu em decisões mais inteligentes. O primeiro foi a avaliação feita sobre as possibilidades de gol: a bola tinha mais chances de aumentar o placar com cruzamentos na área, ao invés de repasses pelo lado esquerdo. O técnico, então, moveu sua estratégia para aperfeiçoar essa jogada e ampliar o resultado. 

Mas não é somente dentro das quatro linhas que as análises são bem aproveitadas. Com o progresso da área, a gestão de habilidades dentro de um time também é muito beneficiada por análises mais precisas que levam a novas contratações de impacto. É o que aconteceu também com o Liverpool ao trazer o atacante Mohamed Salah. Graham se debruçou sobre o desempenho do atleta no Chelsea: “Houve essa ideia de que o jogador foi mal na Inglaterra. Meus números mostravam o contrário”. Ao considerar o conjunto de competências da equipe do Liverpool, o físico identificou uma combinação interessante com o perfil do jogador que, ao lado de outros talentos como o brasileiro Firmino, superou recordes fazendo 32 gols na temporada.

A vitória da Alemanha em 2014 tem impulso da tecnologia

Sim, é um momento que nós não gostamos de lembrar, mas a vitória da Alemanha na Copa de 2014 é também uma referência em uso de tecnologia e dados. Se antes bastava os números do placar e os nomes dos jogadores para entender como foi uma partida, hoje, a partir do big data, é possível reunir, consolidar e interpretar dados para extrair informações valiosas. A seleção alemã se apoiou no software Match Insights que coletou alto volume de dados por meio de vídeos e imagens para desenhar a tática de jogo. 

Ao analisar os movimentos dos jogadores, a tecnologia contribui para reduzir a velocidade de passe de bola fosse de 3,4 segundos para 1,1 segundos, o que gerou buracos na defesa adversária e o resultado foram, claro, goleadas. Ainda como um exemplo interessante do poder dos dados é o fato de que a ferramenta utilizada pela gestão do time tinha uma interface simples que facilitava a compreensão dos dados pelos próprios atletas, favorecendo o engajamento destes com este novo caminho para melhorar seu desempenho. 

Fifa Player App e os Dados na Copa do Mundo 2022 

Nesta edição do maior campeonato de futebol do mundo, vemos um cenário ainda maior de democratização dos dados. Isso porque as 32 seleções poderão acessar informações de performance em um aplicativo, o Fifa Player App, disponibilizado para melhorar a experiência aos times, incluindo aqueles que têm capacidade limitada de recursos para investir em tecnologias. O app será abastecido com dados sincronizados a vídeos e imagens sobre o desempenho dos jogadores, distância percorrida, mapas de calor, arrancadas e outros indicadores importantes quando o que está em jogo é o título de campeão mundial.

Nada de 7×1 quando dados orientam estratégias

Como vimos, a abordagem orientada por dados já invadiu até mesmo as partidas de futebol. Nas empresas, a cultura data driven também se torna cada vez mais vital diante de um alto volume de informações geradas e recebidas que podem significar clarões estratégicos, especialmente para o marketing digital. 

Por meio de dados, é possível identificar padrões de comportamento dos consumidores, lacunas da concorrência, realizar uma melhor segmentação da comunicação e descobrir territórios de conversa com o seu público. Além disso, vamos imaginar que campanhas são partidas – e algumas delas decisivas – e os dados relativos à performance dos anúncios em campo – cliques, taxa de conversão, por exemplo – são fontes de direcionamentos para otimizar resultados ou até mesmo mudar a tática do jogo.

Com a plataforma da Keep.i, você e sua equipe podem visualizar dados coletados nas ferramentas de marketing e vendas mais populares, de um jeito simples e funcional, sempre atualizados em tempo real para potencializar a visão e embasar suas decisões. Sem 7×1, a não ser que seja para o seu time 😉

Esperamos que tenham gostado do conteúdo, nos vemos em breve? 😉