Como fazer mídia digital sem Google e Facebook?

AUTOR: Roberto Matos

4 min. de leitura

Como fazer mídia digital sem Google e Facebook?

Autor: Roberto Matos

4 min. de leitura

Se suas contas do Google e Facebook fossem desativadas hoje, o quanto você perderia de tráfego e potenciais clientes te encontrando? A maioria das pessoas responderia: perderia tudo.

Até porque é a forma mais comum em investir em marketing digital, o Google é a responsável por cerca de 96% de todas as buscas feitas por um computador. Aparecer em evidência por meio de anúncios é uma maneira rápida de alcançar o público-alvo que pesquisa sobre o que sua empresa precisa.

Já o Facebook Ads é a ferramenta que controla os anúncios de algumas das redes sociais mais usadas do mundo, o Facebook e o Instagram. Então, é esperado que seu público-alvo esteja presente nessas redes sociais, e assim você conseguirá chegar até eles.

Em contrapartida, é preocupante deixar toda a sua estratégia de mídia presa em apenas essas plataformas. Primeiro pelos seus resultados se tornarem dependentes dessas plataformas, segundo porque outros formatos ou plataformas podem trazer melhores resultados com menores investimentos.

Trouxemos algumas alternativas que podem aumentar seus números sem precisar depender do Google e do Facebook.

Podcasts

Temos um novo formato de mídia que chegou há pouco tempo e já está fazendo um imenso sucesso com o público entre 23 e 39 anos.

Investir em mídia dentro de podcasts pode fazer toda a diferença quando é preciso alcançar pessoas com um interesse específico. A audiência dos podcasts tende a ser fiel, a maioria escuta há mais de 5 anos esse tipo de conteúdo.

Essa mídia é flexível para pedidos de anunciantes e fica marcada no episódio anunciado para sempre, assim, sempre que uma nova pessoa ouvir o áudio ou reescutar o episódio, se lembrará da sua marca.

Uma das principais diferenças com a mídia mais tradicional é que os ouvintes têm o hábito de comprar os produtos que são anunciados na mídia, além de sempre prestar atenção aos anúncios.

Esses dados foram retirados da PodPesquisa de 2018, feita pela Abpod – Associação Brasileira de Podcasters.

 

TikTok

Em 2018, 130 milhões de pessoas tinham o TikTok em seus celulares. Atualmente, a expectativa é ultrapassar os 500 milhões de downloads só na Play Store. Não dá para negar que esse aplicativo cresceu muito nos últimos anos e representa uma demanda diferenciada e um conteúdo viralizante.

No Brasil, são quase 10 milhões de vídeos criados na plataforma ao mês, chegando próximo a 2 bilhões de visualizações mensais.

Se você precisa conquistar o público jovem, pode valer a pena investir em anúncios nesta plataforma. Estes podem ser exibidos de diversas formas:

Anúncios de pré-rolagem: vídeos exibidos assim que o usuário abre o aplicativo.

Anúncios no feed: vídeos que são exibidos ao longo da navegação.

Twitter

Com cerca de 100 milhões de usuários diários, 37% entre 18 e 29 anos e 25% de 30 à 49 anos, o Twitter é uma rede muitas vezes deixada de lado quando o assunto são Ads.

Mas, os seus anúncios tem algumas das melhores taxas e resultado.

O Twitter é uma ótima plataforma para anunciar a um grupo de pessoas com maior interesse em realizar compras a partir da Internet, pois é um público mais bem segmentado.

A audiência do Twitter Ads em questão não tem como objetivo “poluir” a timeline com conteúdos de marcas, como acontece em outras redes sociais. A análise da plataforma é minuciosa e cruza dados ricos — como palavras-chave, interações com outros perfis e buscas/visualizações de conteúdo. Assim temos maiores chances de conversão.

 

Linkedin

O Linkedin é uma excelente forma de se aproximar do seu público se a empresa for votada ao B2B. Contudo, o CPC médio é maior do que o Google Ads, por isso tende a ser pouco usado. 

A plataforma aborda leads mais qualificados e prontos para comprar. O contato também pode ser feito por meio de postagens de blog, informações sobre seus serviços e conteúdo novo com valor agregado nas postagens. É uma rede que, se bem usada, traz um cliente engajado e parceiros estratégicos.

 

Streaming

Outra plataforma que está em evidência atualmente é a Twitch.tv. A transmissão ao vivo de conteúdo principalmente sobre games, tecnologia e DIY atrai mais de 15 milhões de usuários diariamente.

O público tende a ser receptivo à anúncios e parcerias com os streamers e, com o endosso destes, confiam em comprar o produto com muito mais facilidade.

Com a pandemia, as lives começaram a ser mais frequentes e o número de espectadores aumentou, o que indica um bom momento para usar essa mídia para anunciar seu produto.

Orgânico

Manter o controle do SEO garante que seu site seja encontrado mais facilmente no google por pessoas que estejam precisando do seu produto ou serviço. O público tende a confiar mais em sites organicamente bem ranqueados no Google e, com o uso dos conteúdos certos, o acesso aumenta sem precisar investir no Google Ads.

Segundo a SEO Trends de 2017, os e-commerces brasileiros que investem em SEO conseguem conquistar 13,2 vezes mais visitantes e 5,7 vezes mais clientes.

Por meio de novos conteúdos regularmente, por meio de blogs, vídeos ou podcasting e listas de e-mail marketing, é possível se manter próximo do cliente e elaborar um funil de vendas, para fazer uma proposta comercial quando ele estiver mais apto a comprar.

Alguns pontos que interferem diretamente no SEO do site e precisam ser analisados com frequência:

Tamanho do conteúdo

O tamanho do conteúdo costuma ter um grande impacto na classificação. Textos entre 300 e 900 palavras são melhor ranqueados, pois o Google entende que o conteúdo é completo e detalhado e pode assim responder melhor a pesquisa do usuário.

Volume de postagem

Quanto mais conteúdos você publicar, mais chance tem deles ranquearem bem e o google entende que o conteúdo é de melhor qualidade, pois está vinculado com diversos outros conteúdos sobre o tema no mesmo site.

 

Conclusão

O propósito deste artigo não é te fazer abandonar o Google Ads ou o Facebook Ads e sim analisar o impacto que eles têm sob seus resultados e elaborar formas mais inteligentes de investir em mídias digitais, visto que talvez uma plataforma diferente ou um novo formato de conteúdo pode trazer um resultado tão bom quanto o tradicional, talvez até melhor.