No dia 07 (quarta) foi realizada no InovaBra Habitat a segunda edição do evento de marketing digital Show Me The Data. Um sucesso tão grandioso quanto a primeira, este evento reuniu grandes nomes para conversar sobre dados e as novas tendências da tecnologia na prática.
Segundo a pesquisa da Econsultancy, 75% dos lideres de marketing dizem que a maior barreira para o uso de dados na tomada de decisões é a falta de treinamento.
Nós estamos tão acostumados com a comunicação da forma que sempre foi, com uma fórmula básica, que muitas vezes optamos por seguir sempre assim e, consequentemente, nosso negócio vai por água abaixo.
Ao reparar que a empresa não performa mais como performava antigamente, muitos gestores estão entrando em pânico. Mas o mundo mudou, o mundo continuará mudando e precisamos ser capazes de acompanhar.
Por isso que a questão da vez no evento foi: Como se adaptar à essa nova cultura que já é uma realidade que está impactando o mercado?
Não adianta dizer que está buscando inovação, se continua repetindo os mesmos processos e obtendo resultados cada vez piores.
A inovação requer mudança e de discursos o mercado já está cheio.
Então neste evento nos comprometemos em fazer a diferença ao aplicar o marketing digital nas empresas.
Abaixo compilo os principais destaques do que foi discutido neste evento de marketing digital ao longo das quase 4 horas de conteúdo.
Aprendendo a Pensar Para o Novo Marketing
O mundo mudou e continua mudando. Nós podemos escolher se vamos continuar os mesmos ou abraçar essas mudanças e tornar o nosso negócio referência.
Apresentado brilhantemente por Gabriel Ferreira, Sócio e Head de Inovação e Novos Negócios na Pinneaple Hub, os conceitos principais que precisamos ter em mente na hora de inovar com o mundo que temos hoje, abandonando os modelos já obsoletos e se entregando ao novo marketing.
Passamos muito tempo acreditando que o marketing era um jogo finito, com regras delimitadas e competidor bem determinado.
Mas o mercado hoje é BEM diferente. Hoje estamos com os concorrentes sempre mudando e a única forma de ganhar o jogo é permitir que ele continue acontecendo. Se o jogo acabar todos perdem.
Também percebemos que não há regras. Elas mudam e se adaptam com a realidade dos jogadores.
Por meio da Metodologia Ágil podemos nos adaptar à esse novo mercado. Para isso, utilizamos Ciclos de testes e iterações, formas de medir e decisões focadas no Data Driven.
Saímos da cultura em que o que conta é a “experiência” e agora usamos dados, evidências, métricas, resultados e ROI.
Criatividados: o uso inteligente dos dados nas estratégias de comunicação
Apresentado pelo Eduardo Prange, CEO – Zeeng Data Driven Platform, a palestra apresentou formas de se utilizar os dados deixados pelos usuários na internet como base para campanhas de marketing e estratégias de comunicação.
Os usuários deixam diversas “dicas” nas redes sociais. Eles falam das marcas, com as marcas e para as marcas.
Saber usar essas informações dos usuários para melhorar a experiência deles e aumentar a relevância da sua marca para o público certo é um dos grandes segredos da Cultura Data Driven.
Para fazer isso, há diversas plataformas (inclusive muitas gratuitas) que te auxiliam na coleta desses dados para obter respostas. Mas, do que adianta ter muitas respostas se não sabe o que está procurando?
Dentre as ferramentas gratuitas citadas na palestra temos: Google Analytics, Facebook Ads, Twitter Ads, Instagram e Youtube.
O importante no marketing digital não é a ferramenta e sim saber usá-la com inteligência.
Gestão De Dados em Tempo Real
Renato Rabelo, Co-Founder / Platform Director na Keep.i Media, mostrou que o principal obstáculo para fazer da sua empresa Data-Driven é justamente a falta de capacitação dos colaboradores.
Vimos até aqui que ser uma empresa Data Driven é importante e é uma chave de sucesso para qualquer negócio. Porém, não é tão fácil quanto parece.
Nós devemos usar formas eficientes para acompanhar resultados. Uma forma que seja veloz, prática e dinâmica.
Nisto, chegamos aos dashboards. Que seria definido como um painel de informações, sejam elas o que você quiser.
Um exemplo apresentado foi o do placar de um jogo de futebol. Nele você tem reunidas todas as informações relevantes da partida: o placar e o tempo. Com isso você consegue, em segundos, concluir se o jogo está bom ou ruim.
Quantidade não é o que determina um bom dashboard, e sim o entendimento de quem precisa utilizá-lo. Se todas as pessoas conseguem, em segundos, entender como está o “jogo” da sua empresa, e, a partir disso, determinar os próximos passos, é porque seu dashboard funciona.
Conclusão
O segundo evento de marketing digital Show Me The Data foi um sucesso tão grande quanto o primeiro.
A nova cultura gira em torno dos dados. O comportamento do consumidor e o próprio mercado mudou e cabe a nós aprender a usar dos dados para retirar as novas regras e estratégias eficazes deles.
Meu último destaque fica para o painel a respeito de como as agências colocam em prática tudo que vimos até aqui. Com a participação do Christovam Bluhm, professor renomado da ESPM e da Anny Atti, diretora de BI da WMcCANN, o painel do evento apresentou os métodos utilizados pelas agências para trabalhar com dados e transformar a campanha de seus clientes no marketing digital.
Foi realmente um evento para quem quer colocar em prática a inovação e as novas tendências do mercado.