Está cada vez mais presente a importância de uma empresa ser baseada em dados para se manter competitiva no cenário atual.
Segundo a Gartner, até 2023 a data literacy se tornará um driver crucial para gerar valor ao negócio, graças a sua inclusão formal em mais de 80% das estratégias de Data & Analytics.
Mesmo com diversas empresas lutando para ser mais data-driven, muitas delas não querem mexer em um dos pontos essenciais que garantem essa mudança: a cultura.
Vemos isso claramente na pesquisa da 2020 New Vantage Partners com executivos de alto escalão representando mais de 70 empresas da Fortune 1000. Essa pesquisa descobriu que apenas 37,8% das empresas criaram uma organização baseada em dados.
Por outro lado o investimento está aumentando, com 98,8% das organizações relatando que estão investindo em iniciativas de dados.
Enquanto as empresas se veem resistentes à mudança, tentam erroneamente investir em dados, como se apenas uma tecnologia estruturada resolvesse o problema. Apenas metade das organizações pesquisadas relatou que gerencia informações como um ativo de negócios.
Isso deixa claro que a maior barreira para o sucesso da cultura data-driven hoje não é tecnologia defasada, como muitos acreditam, e sim a cultura de dados.
As corporações buscam estruturar bases desorganizadas de dados, porém acreditam que isso sejja uma tarefa burocrática de tecnologia, quando, se bem trabalhadas, as bases podem ser a chave para o sucesso do negócio.
A pesquisa da Teradata em parceria com a Forbes Insights e a McKinsey sobre os impactos das iniciativas de Big Data e Analytics confirma nossa hipótese.
O estudo ouviu 316 tomadores de decisão das áreas de tecnologia e informação em empresas líderes.
Mais da metade dos entrevistados da pesquisa observou que a adoção de uma cultura orientada a dados é a maior barreira, sugerindo que uma abordagem do seu negócio orientada a dados não é completamente aceita atualmente.
A mudança precisa ser adotada e todos os níveis da organização e de forma estruturada e coesa com o modelo de negócio, para que os resultados apareçam.
Preste atenção ao que as empresas fazem, não ao que dizem.
Muitas empresas falam da importância dos dados e comentam que implementaram em seu negócio, mas poucas delas incorporam em seu dia a dia e orientam seus colaboradores sobre a melhor forma de trabalhar com os dados. Os tratam como burocracia ou apenas mais um procedimento e não dão a atenção que os dados precisam.
É mais comum do que parece termos organizações que dizem colocar seus dados como prioridade, mas não fazem o investimento de tempo e recursos necessários para ter toda a equipe focada em melhorar seus resultados. Não seja uma delas.
Estabeleça metas realistas.
Não adianta acreditar que você vai resolver todos os problemas do seu negócio em poucos dias. Iniciativas muito ambiciosas tendem a fracassar com o tempo.
Comece com calma, focando nos principais problemas ou objetivos do seu negócio e reorganize seus dados, investindo em tecnologia, processos e, claro, nas pessoas que vão fazer isso acontecer.
As empresas que aceitam que não existe um caminho fácil para o sucesso se saem melhor com o tempo.
Processo constante é a chave.
A impaciência, unida com o ponto de atenção anterior de impor metas muito ambiciosas, leva a abandono de iniciativas e falta de acompanhamento de implementações de dados nas empresas.
É necessário estar claro que alcançar o sucesso nos dados é uma jornada, não um sprint.
Precisa ser definido um curso claro, expectativas razoáveis e resultados voltados a longo prazo, com ajustes periódicos, para garantir o sucesso da sua implementação.
Para uma empresa se tornar orientada a dados, é necessário evoluir e mudar a maneira de estruturar processos, rever seu investimento em tecnologia e, principalmente, olhar para a cultura da empresa.
As empresas que perceberem que uma cultura orientada a dados exige que mudanças sejam adotadas estarão bem posicionadas no mercado.